29.8.09

Fernando

Mas qual Ali G, qual Borat, qual Bruno. Os Abba é que a sabiam toda: "There is something in the air tonight, the stars are bright... FERNANDO!"

A música é de Jenny Lewis e a short vem da Team G. E está tão bom! Gosto do look retro. Aliás, gosto de tudo. Admirável.

Agora a letra, pelo amor de deus. "If you go take a look at the sun, see Fernando". Aqui nada de novo. Faz-me estranhamente lembrar de algo do género que há uns anos apareceu por aqui, neste jardim à beira-mar plantado: "Se queres dançar, mas não tens par, chama o António"...

20.8.09

Contra a felicidade

No meu último aniversário, recebi, de um bom amigo, um presente inesperado: um livro chamado "Contra a felicidade".

Um amigo da onça, dirão. Pelo contrário. Este livro está a revelar-se a mais interessante leitura em que pus os olhos nos últimos tempos. Digo "está a revelar-se" porque ainda não o acabei, embora tenha pouco mais que uma centena de páginas. Cada vez tenho menos tempo disponível e a única forma de ir lendo uns pares de páginas por dia é ter os livros de que gosto na casa de banho. Assim, a leitura vai avançando na exacta medida da fluidez do trânsito intestinal…

"Contra a felicidade: a favor da melancolia" é o título completo deste livrinho amarelo. Nele, Eric G. Wilson defende que, provavelmente, a fonte de todos os males é esta busca desenfreada pela felicidade. Dia sim, dia não, são publicados livros sobre como ser-se feliz e toda a sociedade moderna está construída à volta deste modelo de felicidade onde todos se consideram legítimos merecedores. E enquanto procuramos desesperadamente ser felizes, passamos ao lado de uma boa parte da vida que, no seu todo, é também (talvez mais ainda) fonte de infelicidade e de miséria. E para ignorar esse lado negro da realidade, passamos, pelo menos, metade do tempo de olhos arregaladamente fechados...

O autor considera, acima de tudo (e este é, para mim, o ponto fulcral da publicação), que é a tristeza o motor da criatividade, pois só o desassossego arrasta com ele o impulso criativo. Quanto isto tem de verdade...

A ler, aconselho. De preferência com má cara.

11.8.09

Coisas Inspiradas I

Esta qualidade intrínseca ao designer de ver para lá do óbvio, de espreitar por debaixo da pele das coisas pode ser irritante. Principalmente quando damos de caras com estes "ovos de colombo" e reprimimos um sufocante "isso também eu fazia" (leia-se "queria ter feito")!

Não fizémos. E agora a única coisa que podemos fazer é admirar. E que admirável que é!

10.8.09

O Canto do Cisne

Hoje o assunto é vídeo. Sil van der Woerd leva-o um passo acima com este clip impressionante, de estética arrebatadora e fora do comum. Mesmo que não se goste, é impossível ficar indiferente. Eu não fiquei e decidi partilhar.

A quem interessar, a protagonista é Lolly Jane Blue, cantora britânica cuja música carrega a mesma estética cinzenta, triste mas profunda, do videoclip.

A guardar nos favoritos.

Stop Motion Monday

Quem não gosta de stop motion? Não sei por vocês, mas eu, de cada vez que vejo uma boa animação com este método, dá-me vontade de deixar tudo e passar as próximas duas semanas a fotografar e a editar para fazer uma curta de minuto e meio... Ah, que saudades do "Cafezinho com Cheiro", não é Covas, Noca, Schtroumpf e Tiago?

Os dois vídeos que sugiro têm algo em comun. Muito em comum, por sinal. Sobretudo o facto de serem, os dois, bestiais. E também por mostrarem o sítio onde a maioria das pessoas estaria bem até, pelo menos, quarta-feira: a cama. Apreciem-nas (as curtas, não as camas) aqui e aqui. Ou cliquem nas imagens, é à escolha do frequês.

Sintam-se à vontade para me mostrar (enviar, trazer, linkar) outros de igual calibre. E, já agora, convido-vos a passar pelo Centro Cultural da Fontinha, de 15 a 30 de Agosto (primeira 15ena! da ARCAF), e apreciar as curtas de Humberto Guedes.

6.8.09

Com ele na mão

Apresento-vos Axixa, o urinol público. O único verdadeiramente "público". Axixa quer dizer urina, em Nahuatl (língua azteca) e é autoria do designer mexicano Miguel Melgarejo, que sugere esta solução para acabar com o cheiro matutino associados às "pinturas murais" dos noctívagos citadinos.

Gosto da forma. Parece, ao mesmo tempo (não sei se intencionalmente), uma mancha de urina e um potencial utilizador, de perfil...

Mas, na prática, vejo dois problemas:

1 - Melgarejo parte do princípio que toda a gente tem sensivelmente a mesma altura, give or take dez centímetros... Se foi desenhado para a média (digamos, 1,78 m), imagino alguém com um metro e meio, em bicos de pés, a tentar relaxar a bexiga ao mesmo tempo que tenta, com ambas as mãos, proteger as jóias da família dos olhares indiscretos. Ou pior: um desgraçado com dois metros a tentar decidir se faz pontaria de longe ou se se põe de joelhos;

2 - Por outro lado, não se levantarão questões de atentado ao pudor? É que será necessário tirar o "tipo" para a rua (literalmente), para poder utilizar o Axixa...

Vocês usariam?

3.8.09

A verdade está lá fora

Não sou nacionalista. A maior parte de nós, portugueses, não o é, antes pelo contrário. Mas também não comungo da opinião da maioria de que não valemos nada e que é por isso que estamos onde estamos, no cu da Europa.

O Dr. Carlos Faro, responsável do Biocant, disse, numa palestra que tive o prazer de presenciar, que os investigadores estrangeiros que trabalham naquele local garantem que somos bons. Melhores até que a norma. Temos é muito pouca auto-estima e auto-confiança e isso mina aquilo que podemos vir a ser.

De uma forma ou de outra, enche-se-me o peito de uma sensação estranha quando ouço (dizem-me, vejo, sei) que servimos de inspiração a alguém.

É o caso da brasileira Flávia Pagotti Silva,
arquitecta e designer, que partiu dos azulejos portugueses que decoram as fachadas das algumas casas no estado do Maranhão para desenhar esta cadeira. Mesmo não sendo brilhante, é prova de que o que para alguns é velho, desactualizado e empoeirado, para outros pode ser inovador, original e fresco (sem segundas leituras).

A opinião mainstream é que somos pouco originais. A verdade talvez seja outra. Nós é que não a vemos por estarmos do lado de dentro. E como era dito no genérico do Ficheiros Secretos, "the truth is out there"...

1.8.09

Vaca lenta!

Nem de propósito para o meu primeiro post a sério! Não é que o outro, abaixo, não fosse a sério, não era é bem um post, era mais um sinopse, uma contextualização, uma racionalização (se é que era necessária) da razão de ser deste blogue.

Esta história tem um nome: Slow Cow e é o oposto (já adivinharam) do Red Bull. Não é uma bebida energética; é calmante. E não tem taurina nem cafeína; tem camomila, valeriana e passiflora. Para além de um apaziguador tom de rosa...

Se querem saber mais cliquem na imagem. E vão-se habituando porque passa a ser regra.