17.9.09

Lembrete político

São os princípios, não os fins, que justificam os meios.

A:Fresco

14.9.09

Pela mudança

Nestes últimos tempos, não tem havido muita coisa que me tenha tocado verdadeiramente (sem segundas leituras, por favor). "Playing for Change" foi uma dessas poucas. Tocou-me a sério, lá no fundo, a ponto de quase soltar as lágrimas. Não por tristeza, mas pela sensação indescritível que é poder voltar a acreditar na humanidade e naquilo que de bom pode sair de nós, como raça e como seres sensíveis.

Já conhecia o projecto há algum tempo (o Isidro até tinha já falado dele na "sua mesada", em Janeiro, eu já conhecia bem antes disso). Mas como tem crescido! Começou com a ideia de juntar sons de músicos de todo o mundo sem os reunir fisicamente (se bem que isso já tenha também acontecido). EUA, Índia, Israel, Congo, Irlanda, Holanda, Zimbabué, Gana, França, Itália, Espanha, Nepal e até de Portugal.
"World Music" na sua verdadeira acepção. Mas não falamos dos famosos, mas antes dos bons, estejam eles onde estiverem. E normalmente estão (infelizmente ou não) nas ruas.

E até neste pormenor o projecto é brutal! É que "change", em inglês, tanto significa mudança (a que se pretende, que se procura) como "trocos" (que é aquilo que estas pessoas estão habituadas a receber como paga).

Por quem são, visitem o site, aqui. Nos diversos "episódios" encontrarão a progressão do projecto. Os melhores são, sem dúvida, os episódios 2 (o que lançou tudo), 3, 4 e 7. Vejam-nos até ao fim, é impossível não ficar profundamente apaixonado. Como eu.

Sou fã. E já encomendei o CD/DVD (pela simpática quantia de 15 euritos, portes incluídos).

I Ed a Dream

Eu tive um sonho. Sonhei que as pessoas se preocupavam com a sua língua-mãe. Cheguei até a pensar numa liga que, interventivamente, apontaria os erros grosseiros escritos em outdoors e cartazes, os quais, com o passar do tempo, vão infeliz e incontornavelmente, convencendo as pessoas que não são erros mas regra (como "proíbido", com acento no "I").

Porque uma coisa é cometer uma gaffe quando se escreve à mão e à pressa uma nota para deixar ao padeiro, outra é ostentá-la em letras garrafais em outdoors de 8 metros por 3, impressa em tinta com garantia de 5 anos.

Depois achei que não. Não só não teria mãos a medir como corria o risco de ser considerado presunçoso. Porque ninguém gosta de ser apontado quando falha, muito menos neste país. Não é que noutros seja diferente, por isso vos deixo com estas pérolas do outro lado do Atlântico.

Agora, para isto ter mesmo piada, era eu ter cometido um erro de palmatória no título deste "poste"....

8.9.09

Teimosia de marca

De volta de férias. Umas curtíssimas mas mais do que merecidas (não por serem curtas mas por serem férias). Menos de uma semana. Triste, muito triste... Mas foram mesmo férias de tudo. Volto agora à carga, ao trabalho e ao blogue.

Há uns tempos descobri isto no Designer Daily. Refiro-me à imagem que encabeça este "poste" que prova que a teimosia tem vantagens. Todos sabemos da importância de uma imagem coerente e consistente. O exemplo da Coca-cola (ainda que o esquema não seja absolutamente correcto, como se prova aqui) é disso apanágio.

E efectivamente a marca Coca-cola está muito mais entranhada: primeiro lugar no ano passado na lista "Melhor Marca Global" que organiza as empresas pelo valor da marca. A Pepsi vem na 26ª posição. Será a posição da Coca-cola o resultado do respeito pela imagem ou antes será a inconsistência da Pepsi apenas a sua forma de lutar pela subida nos rankings?